As folhas no chão me fazem lembrar que passando o inverno e chegando o verão, elas poderão virar adubo. É desta maneira que se é possível achar que uma hora, por um momento eu posso acertar. Não sei ao certo se eu espero pelo vento, ou se eu forço o sopro de minha própria boca. Inflo o pulmão, o ar o carrega de um pouco de vida tem sido sufocante respirar entre espinhos dentro de meu coração. Espero pelo jardineiro, espero permití-lo trabalhar. As minhas rosas, meus arbustos eu porquanto os escondi dentro de mim, nem eu posso vê-los agora, embora saiba que eles existam e estão aqui. Uma hora, um dia eu deixarei que a primavera chegue dentro de mim, com ela o vento levará o perfume de minhas flores e se poderá sentir o verde fresco de minhas folhas ainda vivas, e o cheiro morno das folhas no chão. Ah, e as borboletas, virão no tempo certo lindas e leves voando como bem Deus quer.
(Luanda Melo dos Santos)
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